O trabalho de conclusão “Naive” consiste em um projeto de uma zine feminista e colaborativa e uma monografia que aborda temas relativos a teoria do design e ao objeto do trabalho. A proposta é de que o conteúdo da zine seria editado a partir de materiais literários e visuais produzidos por mulheres brasileiras mediante um tema inicial, e que seriam então recolhidos através de uma página em uma rede social.* Essa edição e formatação do conteúdo em um suporte impresso visa um trabalho de design participativo, em que o usuário é convidado a colaborar com conteúdo e posteriormente interagir e criar com o impresso fornecido inacabado. Para esse projeto a intenção é de que essa participação estimulada pelo conteúdo e sugerida pelo design se dê tanto de forma lúdica e pessoal quanto numa participação pública e política.
*O protótipo aqui apresentado é uma simulação do que poderia ser a zine, e foi produzido exclusivamente para a minha banca de graduação, para fins acadêmicos. As ilustrações e os textos vistos aqui pertencem às criadoras dos mesmos, que estão listadas nos créditos. É expressamente proibido o uso, modificação ou compartilhamento desse conteúdo sem a autorização das autoras.
A zine é formada por 4 cadernos, duas capas e uma "cinta", costurados à mão. O conteúdo é diagramado em duplas de páginas, então para conseguir ler os textos num fluxo contínuo é necessário romper a costura da zine e manipular as páginas soltas.
Todos os textos e ilustrações são apresentados com um link para o conteúdo original na íntegra, disponível online.
O material original é editado de forma a criar lacunas e propostas de intervenção pelos leitores, mas não são dadas ordens ou espaços delimitados para que essa interação aconteça.
O projeto prevê que a zine seja impressa em risografia. Para essa simulação, a capa e o primeiro caderno foram impressos em riso e os outros cadernos foram feitos por impressão digital.
Esse projeto convida todas as mulheres a abraçarem seu lado “amador” (mesmo aquelas que sejam profissionais), a procurar e experimentar meios para se expressar, falar sobre suas vivências, trocar experiências com outras mulheres, exercer a empatia, dividir e curar suas dores através desses processos catárticos, aprender a amar outras mulheres e a fortalecer a si e a outras.